terça-feira, 31 de março de 2015

Hotel da Serra da Pena, Termas da Água de Radium

E desta vez, um que vos é tão familiar! Andávamos pela Serra da Estrela, quando me lembrei..."Vamos ao Hotel da Serra da Pena??", "Epah, vamos lá!". E assim fomos, em busca desta maravilha que há muito nos aguardava. É sempre desta forma, muitos planeados, outros nem tanto e os resultados raramente ficam aquém. Ao fim de 40 minutos, e sem grande dificuldade, estávamos perante este hotel, praticamente em ruínas, mas que nem com este deterioramento progressivo perde o seu encanto. A origem está envolta numa lenda que retrata a história de um Conde espanhol, Dom Rodrigo, que ao ter conhecimento da presença de águas radioactivas, na altura consideradas benéficas para a saúde, levou a sua filha que padecia de uma grave doença de pele, tendo sido curada pelas mesmas. Em jeito de gratidão, mandou construir o hotel termal, de que hoje apenas restam as ruínas. Construído em granito, em tempos teve a capacidade de albergar 150 pessoas.  



Em 1929, a exploração termal foi arrendada à empresa Sociedade Águas Radium, Lda, até 1940. Até então, para além de balneoterapia, foram introduzidos outros tratamentos, como a aplicação de lamas e compressas eléctricas radioactivas



 As termas eram muito procuradas por portugueses e estrangeiros e pensa-se inclusive que tenha havido exportação de águas já que em 1996 um arqueólogo descobriu em Sortelha uma garrafa de água intacta onde se encontrava escrito "Águas Radium - Caria, Potugal"



O complexo termal foi leiloado em Lisboa, onde acabou por ser comprado por Ramiro Lopes, com o intuito de explorar o mesmo enquanto hotel de luxo. Em 2000, vendeu a propriedade ao seu irmão, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria exercida a parte termal.










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